Na tarde deste sábado, o Estrela da Amadora deslocou-se ao terreno do FC Alpendorada para disputar a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal, e saiu de lá derrotado por 3-1. Um resultado pesado, sim, mas que espelha com justiça aquilo que se passou dentro das quatro linhas.
Logo desde os primeiros minutos se percebeu que a tarde não prometia muito para os tricolores. O Alpendorada, equipa do Campeonato de Portugal, entrou com uma atitude destemida, pressionante, a disputar cada lance como se fosse o último. O Estrela, por outro lado, pareceu encarar o jogo como uma formalidade. Faltou intensidade, faltou qualidade, e, acima de tudo, faltou respeito pelo adversário e pela própria camisola.
Com várias ausências no plantel, como Jovane Cabral, Abraham Marcus e Gabriel Rodrigues ficaram de fora por lesão, João Nuno optou por uma rotação que, no papel, deveria ser suficiente para ultrapassar um adversário de escalão inferior. No entanto, a apatia foi geral. A equipa mostrou-se desligada entre setores, sem criatividade no meio-campo e com uma defesa permissiva, que viria a ser castigada com justiça.
O apito final confirmou a eliminação precoce do Estrela da Taça de Portugal.
Esta eliminação não deve ser varrida para debaixo do tapete. Deve servir como ponto de reflexão. O campeonato continua, mas a imagem deixada hoje não pode repetir-se. O Estrela precisa de se reencontrar com a sua identidade, com o seu orgulho, e com a sua vontade de competir. Porque, sem isso, nenhuma caminhada terá futuro.

